São taquicardias dependentes de movimento circular do impulso elétrico ao redor de barreiras anatômicas/ cicatrizes(áreas de condução lenta) na musculatura atrial. A forma mais comum é o Flutter Atrial típico.
Apresentação Clínica
Os pacientes com Flutter Atrial apresentam-se desde assintomáticos até com palpitações com frequência cardíaca (FC) irregular, se ocorrer bloqueio variável da condução atrioventricular, precordialgia, dispnéia, surgimento ou agravamento da insuficiência cardíaca e fenômenos embólicos (risco 1,7-7%). Taquicardiomiopatia é uma condição relativamente comum nos pacientes com Flutter Atrial com resposta ventricular elevada caracterizando-se
pelo surgimento de disfunção ventricular esquerda de graus variáveis secundária à FC cronicamente elevada.
Diagnóstico
– História clínica
– Exame Físico
– ECG
– Holter 24h
– Ecocardiograma: para afastar doença estrutural
– Teste Ergométrico
– Estudo eletrofisiológico
Tratamento
O tratamento de um episódio agudo depende dos sintomas, da duração e da presença de doença cardíaca subjacente.
– Drogas Antiarrítmicas: Adenosina aumenta o grau de bloqueio e confirma o diagnóstico do Flutter; Amiodarona, propafenona e sotalol ( nos casos estáveis hemodinamicamente). Para controle da FC usamos digoxina, betabloqueadores, bloqueadores do canais de cálcio e para manutenção do ritmo amiodarona, propafenona e sotalol.
– Cardioversão elétrica sincronizada: Pacientes com instabilidade hemodinâmica, como hipotensão, angina e insuficiência cardíaca.
– Anticoagulação: para os casos de flutter atrial com duração superior a 48 horas ou com início desconhecido com risco de fenômenos tromboembólicos.
– Ablação com radiofrequência: Pode ser considerada como tratamento de escolha pelo impacto positivo na qualidade de vida, menor taxa de re-hospitalizção e menor ocorrência de fibrilação atrial. Índice de sucesso global de 90-100% do Flutter atrial istmo-dependente, baixa taxa de recorrência tardia e com baixos índices de complicações.