A Morte Súbita Cardíaca (MSC) é o resultado de uma “desordem elétrica” no sistema normal de condução que regula as contrações do músculo cardíaco que bombeia o sangue por todo o organismo. Na MSC, os sinais elétricos que regulam o bombeamento das câmaras inferiores do coração (ventrículos) tornam-se de repente rápidos e caóticos, gerando contrações cárdicas ineficazes, resultando em baixo débito cardíaco. O cérebro é privado de oxigênio e o indivíduo perde a consciência em segundos. Salvo se ocorrer um socorro emergencial a morte segue em minutos.
Indicado para os pacientes com alto risco cardiovascular de morte súbita. Tal dispositivo, conhecido como um cardioversor desfibrilador implantável (CDI), é considerado eficaz na luta contra parada cardíaca mais de 90% dos casos. São aparelhos pequenos de alta tecnologia capazes de identificar e tratar arritmias malignas num curto período de tempo, prevenindo assim a morte súbita cardíaca.
O CID é implantado na região abaixo da clavícula (geralmente no lado esquerdo) num processo que demora cerca de 1 hora, utilizando anestesia local e sedação.
Os eletrodos atrial e ventricular de desfibrilação são colocados sob orientação fluoroscópica através da veia subclávia esquerda geralmente na aurícula direita e região septal do ventrículo direito respectivamente.
Uma vez identificada a arritmia cardíaca maligna o CDI emite um choque de salvamento para restaurar o ritmo normal do coração e prevenir a morte súbita cardíaca.
Os CDIs podem também atuar como marcapassos convencionais quando são detectadas frequências cardíacas baixas (bradicardias).
Um especialista em estimulação cardíaca artificial deve avaliar os pacientes que tiverem experimentado qualquer um dos seguintes:
• Parada cardíaca prévia
• Taquicardia ventricular (TV) que é um episódio de taquicardia proveniente das câmaras inferiores do coração
• Fibrilação ventricular (FV), que é semelhante ao TV mas é caracterizada por um batimento cardíaco muito rápida e irregular ou caótico
• Frações de ejeção menores de 35% ao ecocardiograma. Uma fração de ejeção (EF) é a proporção, fração, ou a percentagem de sangue bombeado pelo coração a cada batida.
• Pacientes com alto risco de morte súbita cardíaca (MSC) por causa de uma anormalidade cardíaca hereditária
A maioria dos CDIs mantém um registro de atividade do coração quando um ritmo cardíaco anormal ocorre. Com esta informação, um especialista em arritmias pode estudar a ocorrências de arritmias e perguntar sobre outros sintomas que possam ter ocorrido. Às vezes o CDI pode ser programado com terapias anti-taquicardias (Burst) para restaurar o ritmo cardíaco normal e evitar a necessidade de um choque do CDI. Essas terapias normalmente não são sentidas pelos pacientes; choques são percebidos e descritos como um pontapé no peito.