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TAQUICARDIAS POR REENTRADA ATRIOVENTRICULAR

taquicardias reentrada

As taquicardias por reentrada atrioventricular (TRAV) apresentam como características movimentos circulares do impulso elétrico envolvendo átrios e ventrículos utilizando o sistema normal de condução e via acessória que conduzem em ambos os sentidos (anterógrada e retrogradamente em torno de 60%) caracterizando os padrões de pré-excitação ventricular, sendo chamada de síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) sua forma típica ( caracterizada por sintomas e pré-excitação ventricular no ECG) e as que possuem condução anterógrada ou retrógada exclusivas. Tem uma prevalência de 0,15% – 0,25% na população geral.

Apresentação clínica

A TRAV é caracterizada por um início e término abrupto dos episódios, mais frequentes em paciente jovens. Os pacientes com pré-excitação ventricular podem ser assintomáticos ou sintomáticos, onde os sintomas mais comuns incluem palpitações, mal estar, ansiedade, tontura, sudorese fria, palidez, desconforto no peito , batimentos no pescoço, dispnéia e raramente síncopes. TRAV pode causar ou agravar a insuficiência cardíaca em pacientes com disfunção ventricular esquerda. Síncopes podem ocorrer em pacientes com frequências cardíacas elevadas e prolongadas devido ao enchimento ventricular diminuído, queda do débito cardíaco, hipotensão arterial e diminuição da circulação cerebral. A ocorrência de fibrilação atrial nos pacientes com síndrome de WPW pode resultar em frequências cardíacas elevadas com possibilidade de deterioração para fibrilação ventricular e morte súbita. A prevalência de morte súbita é em torno de 0,15 % – 0,39% em 3-10 anos de seguimento clinico, muitas vezes podendo ser a primeira manifestação clínica da síndrome de WPW.

Diagnóstico

– História clínica

– ECG: presença de onda delta

– Holter 24h

Ecocardiograma: para afastar doença estrutural

– Teste Ergométrico: avaliar o desaparecimento súbito da pré-excitação ventricular durante o exame( baixa frequência de bloqueio pela via acessória: 10%).

– Estudo Eletrofisiológico Invasivo: avaliar período refratário da via acessória e indução de taquicardias.

Tratamento

O tratamento de um episódio agudo depende dos sintomas, da presença de doença cardíaca subjacente e a história natural de episódios anteriores.

– Manobras vagais – Massagem do seio carotídeo, a exposição do rosto para água gelada, manobra de Valsalva

– Drogas Anti-arrítmicas: amiodarona, propafenona, bloqueadores dos canais de cálcio (diltiazen e verapamil) e betabloqueadores (nas taquicardias ortodrômicas). Adenosina deve ser evitada pelo risco de desenvolvimento de FA com alta resposta ventricular nas taquicardias pré-excitadas aumentando dessa forma o risco de fibrilação ventricular e morte súbita.

Cardioversão elétrica sincronizada: Usada para terminar uma crise quando existe comprometimento hemodinâmico ou na ineficácia da cardioversão química. A cardioversão raramente é necessária para tratar a taquicardia reentrada nodal (TRAV).

– Ablação com radiofrequência: Considerada como tratamento de escolha (classe I). Índice de sucesso global de 97%, 8% de recorrência tardia e com índices de complicações variando em trono de 2,4%.

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